
Uma cena inesquecível na primeira Olimpíada na América Latina: na premiação dos 200m rasos, os americanos Tommie Smith e John Carlos, que são negros, subiram ao pódio descalços e com luvas escuras. Ao tocar o hino dos EUA, eles ergueram o punho direito, fazendo a saudação Black Power, símbolo dos Panteras Negras, movimento de protesto à segregação racial. Pelo gesto, acabaram banidos dos Jogos. Nelson Prudêncio foi o grande nome do Brasil, com a medalha de prata no salto triplo. O país levou também dois bronzes, com a dupla de velejadores Reinaldo Conrad/Burkhard Cordes, na classe Flying Dutchman, e com o pugilista Servílio de Oliveira. Pela primeira vez, a Olimpíada adotou controle de dopagem e teste de sexualidade. O único caso registrado foi o do sueco Hans-Gunnar Liljenvall, do pentatlo moderno, que competiu alcoolizado. Surgia mais um fora de série no boxe. O americano George Foreman, que seria campeão mundial, levou o ouro entre os pesados. No México, o belga Jacques Rogge fez a primeira de suas três aparições em Olimpíada, na vela. Atualmente ele é o presidente do Comitê Olímpico Internacional.
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