RAIMUNDO DE SÁ URTIGA - Na manhã da última quarta-feira (23/06), o empresário R. Sá (PSDB) foi escolhido o vice do pré-candidato ao Governo do Estado, o ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (PSDB). Nome de força na região Sul e proprietário de empresas dos mais variados segmentos nos estados do Piauí e Ceará, Raimundo de Sá Urtiga Filho vem de uma família tradicional, de grande poder econômico e político. Após o anúncio, o próprio companheiro de chapa do tucano revelou que a família chegou a questioná-lo a respeito da sua vontade em retornar para a política. A equipe do 180graus foi a Picos, a 320 km da capital, para saber um pouco mais sobre a família Sá. A reportagem esteve com o pai de R. Sá Filho, o empresário Raimundo Sá, para tratar do cenário político no município, além da posição dos familiares a respeito da decisão do filho mais velho.
Seu Raimundo recebeu a equipe em um dos seus empreendimentos, na Yamaha Motos, do centro da cidade. Adiantou que a vocação deles sempre foi o comércio, mas que participavam da política, mesmo que indiretamente, há 40 anos. Ele contou que, neste período, dois membros da família foram importantes para despertar a vontade política entre os parentes: Raimundo Urtiga, eleito deputado estadual por três legislaturas, no período do governo Alberto Silva, o próprio R. Sá pai e José Urtiga, estes eleitos vereadores na década de 80. O último deles a se candidatar, foi R. Sá Filho que alcançou cerca de 84 mil votos a deputado federal nas eleições de 2006, sendo o 7º mais votado no Estado. Desde então, o jovem empresário voltou a se dedicar inteiramente ao grupo. Seu R. Sá revelou que o filho foi quem impulsionou os negócios, após encabeçar as empresas que levam seu nome.

FAMÍLIA REUNIDA BATEU O MARTELO - Seu R. Sá explicou como foi feito o convite por parte de Sílvio Mendes para que seu filho estivesse presente na chapa majoritária oposicionista. Segundo ele, o ex-prefeito convocou R. Sá no último domingo (20), poucas horas antes de iniciar o jogo do Brasil contra a Costa do Marfim, na Copa da África do Sul. Toda a família tinha se deslocado para casa do futuro vice para acompanhar o torneio juntos. Porém, R. Sá, que sempre costumou consultar os mais próximos, chamou o pai, expondo que acabara de receber o convite do tucano, mas que precisava ir para Teresina juntamente com o chefe da família. Imediatamente, os cinco irmãos foram reunidos, com a matriarca, Dona Ivanir, para tratarem do assunto. Todos chegaram a um consenso: De que R. Sá fizesse a separação entre política e negócios. “Ou seja, se ele entrar na política tem que ser político. Não pode misturar”, disse o pai, que revelou ter conhecido Sílvio Mendes apenas naquele domingo. Desde então, R.Sá Filho aceitou as condições impostas pela família e pelo próprio ex-prefeito.
Raimundo Sá disse que tinha apenas ouvido falar da possibilidade do filho ser o vice de Sílvio, juntamente com nomes como os deputados Júlio César (DEM) e Edson Ferreira (DEM), bem como o ex-secretário municipal de Planejamento, Freitas Neto (PSDB). Mas, segundo ele, o fato do convite ter sido oficializado o surpreendeu.

QUEM É R.SÁ FILHO - Raimundo de Sá Urtiga Filho, mais conhecido como R. Sá Filho, tem 37 anos e é natural de Picos-PI. É formado em Direito pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e te atuação empresarial em setores como postos de combustíveis, gás de cozinha, transporte coletivo, faculdade, concessionária de motos, dentre outros. Foi candidato a deputado federal nas eleições de 2006, quando obteve mais de 84 mil votos e ficou na sétima colocação entre os mais votados do Piauí para a Câmara Federal. Porém, por causa do voto de legenda, ficou na 1ª suplência. É membro da Câmara de Dirigentes Lojistas de Picos, da qual foi presidente, e ocupa cargos de direção desde a década de 90. É também membro da Associação Comercial e Industrial de Picos. Amigo a Polícia Militar e do Rotary Clube de Picos.
Há pouco mais de 24 horas ocupando a vaga de vice na chapa oposicionista, R. Sá tem sofrido os primeiros ataques dos adversários. Conversas de bastidores dão conta que o grupo emprestaria dinheiro a prefeitos da região de Picos. “Isso não existe, somos limpos, desimpedidos. Estamos afastados há quatro anos da política, então como essa prática poderia existir?”, se defende o pai do tucano. Fonte: 180graus.brasilportais.com
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